28 de fevereiro de 2010

SINTA, NÃO PENSE !


Você está sentado no jardim, o tráfego está passando e há muito barulho e muitos sons. Você apenas fecha seus olhos e tenta encontrar o som mais sutil que existe ao seu redor.

Um corvo está grasnando: apenas se concentre no ruído do corvo. Todo o barulho do tráfego continua. O som é tal, é tão sutil, que você não pode ficar cônscio dele a menos que você foque sua consciência nele. Mas se você focar sua consciência, todo o barulho do tráfego irá sumir e o ruído do corvo se tornará o centro. E você irá ouvi-lo, todas as nuances dele – muito sutil, mas você será capaz de ouvi-lo.

Cresça em sensibilidade. Quando você toca em algo, quando você ouve, quando você come. Quando você toma banho, permita seus sentidos ficarem abertos. E não pense – sinta.

Você está de pé debaixo do chuveiro: sinta a frescura da água caindo sobre você. Não pense sobre isso. Não vá logo dizendo, “Está muito fresco. Está frio. Está bom assim”. Não diga nada. Não verbalize, porque na hora que você verbaliza, você perde o sentimento. Na hora que as palavras chegam, a mente começou a funcionar. Não verbalize. Sinta a frescura, mas não diga que está fresco.

Continuamos a dizer coisas, nem mesmo conscientes do que estamos dizendo. Pare de verbalizar; só então você pode aprofundar seus sentimentos. Se sentimentos forem aprofundados, então essa técnica pode fazer milagres a você.

Sinta: meu pensamento

Feche seus olhos e sinta o pensamento. Uma corrente contínua de pensamentos está lá, um continuum, um fluxo; um rio de pensamentos está fluindo. Sinta esses pensamentos, sinta a presença deles. E quanto mais você sentir, mais lhe será revelado – camadas sobre camadas. Não somente pensamentos que estão bem na superfície; por trás deles existem mais pensamentos, e atrás destes existem ainda mais pensamentos – camadas sobre camadas.

E a técnica diz Sinta: meu pensamento. E prosseguimos dizendo, “Estes são meus pensamentos”. Mas sinta – são eles realmente seus? Pode você dizer “meu”? Quanto mais você sente, será menos possível para você dizer que eles são seus. Todos eles são emprestados, todos eles procedem do exterior. Eles chegaram até você, mas eles não são seus.

Nenhum pensamento é seu – apenas pó acumulado. Mesmo se você não puder reconhecer a fonte de onde esse pensamento chegou até você, nenhum pensamento é seu. Se você tentar duramente, você pode descobrir de onde esse pensamento chegou até você.

Só o silencio interior é seu. Ninguém lho deu. Você nasceu com ele, e você irá morrer com ele. Pensamentos lhe foram dados; você foi condicionado a eles. Se você for um hindu, você tem um tipo diferente, um conjunto diferente de pensamentos; se você for um maometano, é claro, um conjunto diferente de pensamentos; se você for um comunista, novamente um conjunto diferente de pensamentos. Eles lhes foram dados, ou você pode tê-los pegado voluntariamente, mas nenhum pensamento é seu.

Se pensamentos não são meus então nada importa, porque isso também é um pensamento – que você é minha esposa, ou você é meu marido. Isso também é um pensamento. E se basicamente o pensamento em si mesmo não é meu, então como o marido pode ser meu? Ou como pode a esposa ser minha? Pensamentos desenraizados, o mundo inteiro é desenraizado. Assim você pode viver no mundo e não viver nele.

Osho, em "The Book of Secrets"

24 de fevereiro de 2010

FUGAS


Muita gente anda vivendo por viver, parece que andam fugindo de si mesmas, com medo de encararem a realidade.
Que adianta o apartamento enorme se a alma está vazia, que
adianta o carro luxuoso se o medo te acompanha?
Que adianta o celular último tipo se quem você quer não te liga,
que adianta a promoção se o emprego não te traz satisfação?
Que adianta o namoro de anos se não existe mais alegria,
pra que esse casamento de fachada, se você já sabe de todas
as traições?

Que adianta essa oração na hora do desespero, se Deus esteve sempre
presente e você nunca o procurou?

De que adianta essa cara fechada, se nós não temos nada a ver com
seus problemas?
Que adianta chutar o cachorro, se ele nem te conhece e você vai continuar
doente?

Que adianta o remédio para pressão, se você continua fumando, que
adianta o conselho, se você continua agindo a sua maneira, que adianta o guia,
se você está cego?

Que adianta o choro, se o amor acabou, que adianta a comida, se a fome passou,
pra quê o calmante, se ele não te acalma, que adianta gastar tanto no casamento
que já nasce cheio de dúvidas, e o pior, cheio de dívidas?

Melhor seria viver simplesmente a vida e toda a sua beleza, estudar por prazer,
trabalhar no que gosta, mesmo ganhando menos, ficar só e ter a melhor companhia,
porque antes só do que mal acompanhado.

Viver em um casebre limpo e arejado onde todos se falam, se beijam e se abraçam,
onde uma casa vira lar.

Melhor andar a pé que morrer de nervoso ao volante no trânsito, e para ser mais
feliz, melhor é amar com simplicidade, as pessoas, os animais, a natureza,
tudo sem frescura, não ter vergonha de abraçar e demonstrar o seu amor,
como crianças que abraçam às árvores com ingenuidade, que conversam com
as plantas, com seus cachorrinhos, e que ouvem as respostas que nós, adultos tão esclarecidos, não conseguimos ouvir, e por isso estamos morrendo, cada dia um
pouco, lentamente na tristeza que nos consome, no vazio de querer sempre mais
daquilo que nem sabemos o que é.

Pare, pense e mude.

Ainda dá tempo de ser simplesmente feliz, só depende da sua atitude,
só depende de você e o dia é hoje.
Pense nisso.



Paulo Roberto Gaefke

ARMADILHAS..


"Os problemas são armadilhas. Pensa só nisto. Os problemas não são mais do que armadilhas. Eu explico. Pensa num ser de luz – tu – a fazer a experiência da densidade, da negatividade – a vida na terra. Pensa que esse ser de luz desce à terra com o único intuito de reagir à densidade. E a escolha é dele. Pode reagir com luz, quem ele verdadeiramente é, ou pode reagir tornando-se denso, como a terra.

Durante a sua vida na terra, nós vamos enviando experiências densas – na realidade, o ser vai atraindo experiências –, problemas, frustrações, injustiças, traições. Experiências extremamente densas para testar a reacção. O ser ficará em luz e manter-se-á quem é – sai assim da roda das encarnações, missão cumprida – ou irá transformar-se em densidade e perpetuar as suas vindas à terra? Qual será a sua escolha?

Muitos seres, por não aguentarem a experiência, esta dura provação, tentam modificar a densidade. Querem que o mundo seja justo, seja perfeito. Ora, se o mundo fosse justo e perfeito, já não haveria a experiência da densidade. O ser ia à terra e não haveria nenhuma armadilha para testar a sua reacção. Em última análise, não haveria nada a escolher, tudo era luz. Era luz cá em cima, e era luz aí em baixo. Ora, isso não faz sentido.

Quando vos enviamos aí para baixo, ou melhor, quando vocês escolhem ir aí para baixo, a ideia é precisamente que vivenciem as armadilhas da matéria densa para testar se conseguem permanecer em luz ou se se transformam em seres materialistas, racionais e densos. Os problemas pelos quais todos vocês passam não são mais do que armadilhas do céu para testar o vosso nível de densidade e o vosso nível de luz. Para testar a vossa reacção à densidade. A escolha é vossa."

LUZ – Pergunte, o Céu Responde,
de Alexandra Solnado

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