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23 de janeiro de 2011

Apego - de Carla Poletti Schmidt

 
"O que significa eu me apegar a algo?
Todos nós vivemos apegados a uma realidade que vivemos no passado ou há um medo de algo que possamos viver no futuro.

Ou estou aprisionada a infância que tive. As crenças, valores e hábitos que meus pais me passaram. Ou ainda. Vivo amedrontada com tudo o que posso viver. Vivo com medo do que possa acontecer comigo ou ainda com as pessoas que amo. Isto faz com que nós não percebamos o presente, pois, estamos aprisionados a um mundo que nós próprios criamos.

Se eu tive um pai muito rígido na infância, muitas vezes, ainda carrego este pai comigo. Na hora de me expressar, ouço a voz dele me censurando, ou ainda, o “projeto” nos homens que conheço. E percebo todos como sendo muito rígidos. Por quê? Por que estou apegada àquela imagem, estou apegada à identidade de uma garota assustada. Que por mais sofrimento que me traga é a que conheço. E a que me faz me reconhecer como um ser.

Somos tão apegados a esta realidade interna que construímos que para mantê-las, nós distorcemos, omitimos ou ainda generalizamos aspectos da realidade, dos outros e de nós mesmos.
 
Isto faz com que as nossas experiências sejam vividas basicamente da mesma forma. E aí repetimos para nós. Por que isto sempre acontece comigo? Por que as coisas não mudam?
A pergunta correta seria: A que estou tão apegada, que preciso repetir mais e mais vezes a mesma experiência?

Será a uma crença, a uma pessoa do passado, ou ainda a uma ilusão de futuro? Provavelmente, a um pouco de cada uma destas coisas.

Pois tudo isto, em algum momento, foi necessário e me ofereceu um suporte para viver.  Mas agora, talvez eu não precise mais disto.

Talvez eu possa, me desapegar da idéia que tenho a respeito de mim, dos outros e do mundo. Talvez eu possa mergulhar no vazio do “não saber” para que de fato comece a viver.

Assim, talvez eu possa perceber que cada “Por do Sol” é único. Que cada experiência traz em si algo novo pois de fato, nada está como estava a um segundo atrás. Pois a cada momento, eu, assim, como todo o universo estou em profunda transformação.
 
E assim, posso começar a viver na única realidade, que existe. “O aqui e agora”.

Carla Poletti Schmidt – Myonin
/www.monjacoen.com.br/textos-budistas/textos-diversos/251-apego
Fonte:http://padmashanti.blogspot.com/

20 de setembro de 2010

Vazio Existencial (Joanna de Ângelis)


"A alucinação midiática, a serviço do mercantilismo de tudo, vem, a pouco e pouco, dessacralizando o ser humano, que perde o sentido existencial, tombando no vazio agônico de si mesmo. 

O tempo-sem-tempo favorece a fuga da autoconsciência do indivíduo para o consumismo tão arbitrário quão perverso, no qual o culto da personalidade tem primazia, desde a utilizaçào dos recursos de implantes e programas de aperfeiçoamento das formas, com tratamentos especializados e de alto custo, até os sacrifícios cirúrgicos modificando a estrutura da organização somática. 

A ausência dos sentimentos de nobreza, particularmente do amor, impulsiona o comércio da futilidade e do ilusório, realizando-se a criatura enganosamente nos objetos e utensílios de marca, que lhe facultam o exibicionismo e a provocação da inveja dos menos favorecidos, disputando-se no campeonato da insensatez. 

Em dias de utopia, nos quais se vale pelo que se apresenta e não pelo que se é, o eto convencional, os ideais que dignificam e trabalham as forças normais cedem lugar aos prazeres ligeiros e frustrantes que logo abrem espaço a novas mentirosas necessidades. 

O cárcere do relógio, impedindo que se vivencie cada experiência em sua plenitude e totalidade, sem saltar-se de uma para outra apressadamente, torna os seus prisioneiros cada vez mais ávidos de novidades, por se lhes apresentar o mundo assinalado pela sua fugacidade. 

Exige-se que todos se encontrem em intérmino banquete de alegrias, fingindo conforto e bem-estar nas coisas e situações a que se entregam, distantes embora da realidade e dos significados existenciais. 

A tristeza, a reflexão, o comedimento já não merecem respeito, sendo tidos como transtornos de conduta, numa exaltação fantasiosa e sem limite em relação aos júbilos destituídos de fundamentos. 

Certamente, não fazemos apologia desses estados naturais, mas eles constituem pausas necessárias para refazimento emocional nas extravagâncias do cotidiano. 

Sempre quando são recalcados e não logram conscientização, inevitavelmente se transformam em problemas orgânicos pelo fenômeno da somatização. 

Muito melhor é a vivência da tristeza legítima e necessária, em caráter temporário, do que a falsa alegria, a máscara da felicidade sem conteúdos válidos. 

Nesse contubérnio infeliz, tudo é muito rápido e passa quase sem deixar vestígio da sua ocorrência. 

O agora, em programação de longo alcance, elaborado ao amanhecer, logo mais, à tarde, transforma-se em passado distante, sem recordações ou como impositivo de esquecimento para novas formulações prazerosas. 

Quando não se vivencia o presente em sua profundidade, perdem-se as experiências que ficaram arquivadas no passado. E todo aquele que não possui o passado nos arquivos da memória atual é destituído de futuro, por faltarem-lhe alicerces para a sua edificação. 

Nessa volúpia hedonista, o egotismo governa as mentes e condutas, produzindo o isolamento na multidão e a solidão nos escaninhos da alma. 

Todo prazer que representa alegria real impõe um alto preço pela falta de espontaneidade, pela comercialização dos seus valores e emoções. 

É inevitável, nesta cultura pagà e perversa, a presença do vazio existencial nas criaturas humanas, suas grandes vítimas. Apesar da ocorrência mórbida, bem mais fácil do que parece é a conquista dos objetivos da reencarnação. 

Pessoa alguma encontra-se na indumentária carnal por impositivo do acaso ou por injunção de um destino cego e cruel. O vazio existencial consome o ser e atira-o na depressão, empurrando-o para o suicídio.

Se experimentas esse vazio interior, desmotivado para viver ou para laborar em favor do bem-estar pessoal, abre-te ao amor e deixa-te conduzir pelas suas desconhecidas emoções que te plenificarão com legítimas aspirações, oferecendo-te um alto significado psicológico e humano. 

Reflexiona, pois, na correria louca para lugar nenhum e considera a vida a oportunidade de sorrir e produzir, descobrindo-te útil a ti mesmo e à comunidade. 

Mas, se insistir essa estranha sensação, faze mais e melhor, esquecendo-te de ti mesmo, auxilia outrem a lograr aquilo por que anela, e descobrirás que, ao fazê-lo feliz, preenchido de paz, estarás ditoso também."

-Texto extraído da mensagem psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, do Espírito Joanna de Ângelis. Disponível em: www.divaldofranco.com 
-Fonte:http://www.sejaespiritaonline.blogspot.com/

3 de setembro de 2010

O amor a si mesmo! texto de Helena Martins Daniel. (excelente!)


"Algumas pessoas não entendem muito bem quando falo do amor a si mesmo. Aprendemos desde cedo que amar a si mesmo é uma forma de egoísmo ou egocentrismo. A grande maioria de nós não conhece o amor verdadeiro, o amor recebido por sermos exatamente o que somos o amor que tem o poder de aquecer nossos corações e nos colocar em contato com nossas almas.

Nascemos e aprendemos uma série de coisas a respeito da vida e muitas vezes nos ensinam coisas a respeito de nós que, somente quando adultos percebemos que grande parte do que aprendemos é reflexo das fantasias e frustrações de nossos pais.


Crescemos pressionados pela necessidade de atender anseios que não são nossos, de cumprir funções e tarefas que não contém nem uma gota sequer de identificação com o que de fato somos ou queremos para nós. Como sobrevivemos a tantos padrões, tantos recalques e frustrações, tanta angústia?


Aprendemos sim a sufocar nossos desejos mais caros, nossos mais belos sonhos, nossas mais raras fantasias, em nome da aceitação, da sobrevivência, da necessidade de sermos aceitos e amados. E assim aprendemos a respirar pouco, a não exteriorizar nossos desejos, a não nos amar de fato.


Todos possuem marcas profundas em nossos corações produzidas pelo desamor e pela falta. Até o dia que tudo em nós começa a adoecer. Nossos olhos perdem o brilho e nossa vontade se enfraquece. Como amar a si mesmo? Como faço isso?


Amar a si mesmo é como uma viagem de aventuras, de descobertas, pelo menos deveria ser. É uma tarefa dolorosa muitas vezes, pois nesse percurso quase sempre nos deparamos com todos os limites que impusemos a nós, por não acreditarmos em nossas capacidades, em nossos verdadeiros potenciais, por termos paralisados de medo de viver e de morrer.


Amar a si mesmo é muito, muito difícil, porque quase sempre esbarramos em estereótipos criados pelo status que, por antigas vozes e olhamos no espelho na tentativa, às vezes desesperada, de entender e quem sabe descobrir alguma qualidade que mereça admiração. Mas muitas vezes encontramos somente o desespero e a tristeza, resultado do vazio que inventaram e chamaram de vida.


A maioria das mulheres aprendeu durante sua história a amar seus filhos, seus maridos, seus pais, a Deus, mas nunca a si mesmas. Muitas mulheres ainda hoje buscam em si a imagem da mulher ideal para que lhes seja permitido o amor. E os homens, assim que nascem aprendem que, para serem honrados como homens devem amar e sustentar suas famílias, seus pais e seus trabalhos.


Muitas pessoas escrevem para mim, na esperança de que eu tenha uma resposta clara e efetiva com relação ao amor e relacionamentos. Penso muito sobre toda dificuldade que existe na maioria deles, mas cada vez mais me convenço que depende do quanto cada um está disposto a amar a si mesmo, para que o amor deixe de ser algo tão complicado.


Como já disse, amar a si mesmo é uma viagem de aventuras. E para embarcar nessa aventura é preciso estar disposto a encarar toda sorte de acontecimentos interiores e conforme nos ensina a lei da sincronicidade, exteriores também. Todo amor que conhecemos envolve desejo e paixão, e muitos de nós fecham seus corações na esperança de se protegerem. Mas o que a maioria das pessoas não sabe é que se nos fecharmos e fugirmos do amor e do possível sofrimento que ele pode nos trazer, nos fechamos para a possibilidade maior, de nos tornarmos um canal do amor maior, nos impedimos de amar o Todo, A humanidade.


Aprenda a amar a si mesmo, não um amor narcisista, mas o amor e o respeito gentil àquilo que você é e ao Deus que vive aí dentro. Aprenda a ser amoroso consigo a se fazer mais carinho, a permitir fazer o que gosta, a se olhar como um ser sagrado que é. Você é uma fonte criadora em conexão direta com a Fonte Maior. Quando não ama a si mesmo, Torna-se um mentiroso com relação ao amor maior.


Não permita que outros te façam sentir menos do que realmente é: um ser sagrado. Aprenda a se amar, sinta a energia que pulsa em torno de si, procure observar suas reações, sentimentos e pensamentos e transforme-os, caso estejam impregnados de desamor. Esqueça tudo o que ouviu a seu respeito e construa uma opinião própria, agora baseada na consciência, no auto-conhecimento e na auto percepção. Comece o dia agradecendo quem é, o que conseguiu com seus esforços. E se ainda não se sente como gostaria, pare neste exato momento de focar sua energia naquilo que não conseguiu na falta, nos buracos que a vida deixou pela ausência absoluta de amor e consciência.


Olhe sem medo para o que deseja ser e fazer, e planeje a forma que deseja construir de fato a sua felicidade. Você já se condenou demais, pare já de se machucar, auto-punir, culpar. Quando você se olha e enxerga além de seu corpo físico, consegue entender que todo Universo é feito da mesma energia e que fazemos parte desse Todo, o auto-respeito e o amor próprio começam a brotar como uma plantinha pequena e delicada dentro de seu coração.


Compre uma imensa tela e comece a pintar a sua nova história que começará a ser criada quando você decidir arregaçar as mangas e começar a trabalhar na construção de uma nova realidade. Você só precisa acreditar que tem esse poder e se permitir, por amar a si mesmo, uma vida repleta de paz, amor, saúde e prosperidade.
Ame-se e seja quem realmente é! "

Autoria de Helena Martins Daniel.

Fonte:http://www.dejovu.com/mensagens 

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